01/10 – Dia Mundial da Urticária

Cerca de 20% da população apresenta um episódio de urticária em algum momento da vida. Pode acometer pessoas de ambos os sexos, em diferentes faixas etárias, do bebê ao idoso.  A doença se manifesta com lesões (“empolações”) avermelhadas na pele, que coçam muito e incomodam bastante. Podem ter tamanhos diferentes e se juntar formando placas, que duram até 24 horas. As mesmas lesões podem reaparecer em seguida, em outras partes do corpo.

Em algumas pessoas, a urticária pode vir acompanhada de angioedema (“inchaço”), que aparecer em qualquer parte do corpo sendo mais comum nas pálpebras e lábios. Na maior parte das vezes, não coça. Às vezes, pode ser acompanhado de dor ou queimação. Além disso, desaparece mais lentamente. 

O Dr. Régis Campos, Coordenador do Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica que existem dois tipos de urticárias. “A aguda é a que dura menos tempo, no máximo seis semanas. É a mais frequente e ocorre, principalmente, nas crianças e adultos jovens. Já a urticária crônica tem duração igual ou superior a seis semanas. Ocorre mais em mulheres entre 25 a 45 anos de idade”. 

A urticária crônica, por sua vez, pode ser dividida em 2 subtipos: 

Urticária crônica espontânea, que é a mais frequente e as lesões surgem sem que se encontre qualquer fator externo responsável. 

Urticária crônica induzida, em que as lesões são desencadeadas por fatores externos específicos (exemplo frio, calor), identificados pela história clínica e testes de provocação. 

A urticária crônica, por ter duração prolongada, gera muito desconforto, ansiedade e pode até levar à depressão. Nesses casos, é necessário o acompanhamento do médico alergista juntamente outros profissionais da Saúde. 

 

Conheça os MITOS relacionados à Urticária Crônica

 A pessoa que tem urticária crônica terá também choque anafilático?

MITO. O choque anafilático e edema na glote são mais comuns em pacientes que apresentam urticária aguda, sendo muito raros na urticária crônica. 

– Urticária é contagiosa.

MITO.  A doença não é contagiosa e nem transmitida de uma pessoa para outra. 

– Estou grávida e tenho urticária. Meu filho também terá?

MITO. O fato de a mãe ter urticária não significa que o filho também a terá. 

– Pessoas com urticária crônica devem fazer dieta e evitar corantes, leite e glúten.

MITO. Nem toda pessoa que tem urticária terá obrigatoriamente alergia ao leite e ao glúten. Por isso, não há necessidade desta dieta, a não ser em casos específicos detectados pelo alergista.