Tenda da ASBAI esclarece dúvidas da população no programa Bem-Estar

Uma das alergias que mais afeta crianças é a alimentar e, por esse motivo, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) levou o tema para a Tenda de Alergia do programa Bem-Estar Global, realizado na cidade de Londrina (PR) pela TV Globo em parceria com o SESI (Serviço Social da Indústria). O evento aconteceu na última sexta-feira (01/09/).

As mais de 9 mil pessoas que marcaram presença no evento puderam conferir de perto várias especialidades médicas. A Tenda de Alergia apresentou um stand com os alimentos que mais desencadeiam as alergias alimentares, entre eles leite, ovo, trigo, soja, os peixes e frutos do mar, amendoim e castanhas em geral.

Os especialistas que esclareceram as dúvidas da população também levaram materiais para explicar a diferença entre alergia alimentar e intolerância, anafilaxia e fizeram atividades sobre o mitos e verdades que envolvem as alergias.

“Atendemos cerca de 260 pessoas na tenda e pudemos demonstrar a elas como se faz o uso da adrenalina auto-injetável, o único medicamento capaz de salvar uma pessoa com anafilaxia. Observamos também como ainda falta informação sobre alergia alimentar para a população. Conheci histórias de pessoas que sofrem de restrição de alimento sem necessidade, o que pode ocasionar deficiência nutricional. O trabalho foi grande, mas muito gratificante por levar informação de qualidade para a população”, constatou a Dra. Ana Paula Juliani, membro da ASBAI Regional Paraná, durante o atendimento na Tenda de Alergia.

Sobre a Alergia Alimentar – Cerca de 5% de adultos e 8% das crianças têm algum tipo de alergia alimentar.

As alergias podem ser acompanhas por placas vermelhas no corpo, falta de ar, inchaço nos olhos, diarreia, vômitos, sangue nas fezes. Mas é preciso a avaliação de um médico muito experiente para confirmar se esses sintomas estão mesmo ligados a uma reação alérgica.

O diagnóstico de alergia alimentar deve seguir quatro pilares:

  1. A história, que deve ser muito bem avaliada por um médico experiente.
  2. Exames laboratoriais, que também precisam ser muito bem interpretados, pois nem sempre um IgE positivo indica que a criança seja alérgica.
  3. Dieta de restrição – retirar o alimento, avaliar a melhora para depois expor o paciente novamente ao alimento e, assim, ter a certeza que existe a relação de causa e efeito.
  4. E o teste de provocação oral, que realmente estabelece o diagnóstico. Consiste na oferta do alimento para a criança, em doses regulares, crescentes, sempre sob a supervisão médica. Deve ser realizada em ambiente apropriado, seja na clínica, hospital ou, até mesmo, dentro da UTI, dependo da necessidade que o médico julgar. Nunca deve ser realizado em casa, pois coloca a criança em risco de morte.