Quando encaminhar o paciente para centros de referências
O diagnóstico de asma pode ser confirmado pelo generalista, clínico ou pediatra, baseando-se no quadro clínico e na espirometria compatíveis, mas a definição da gravidade, dificuldade de controle e o manejo das altas doses de medicação devem ser responsabilidade do especialista.
Pacientes que necessitam ser tratados até a Etapa 3 do GINA (associação de corticoide inalado com beta-agonista de longa ação em dose baixa-média) podem ser manejados por generalista, mas pacientes na Etapa 4 (a mesma associação em doses altas com ou sem uso de outros medicamentos de controle) devem ser avaliados por especialista pelo menos em uma ocasião.
Aqueles que não controlarem a asma na Etapa 4 ou estiverem na Etapa 5 (associação de corticosteroide oral ou omalizumabe) devem ser avaliados e acompanhados por alergista ou pneumologista, se possível, em centro de referência para tal.
Todo paciente com suspeita de asma grave deve ser avaliado por um especialista, de preferência em centros de referência para asma grave. Além disso, pacientes que apresentam quadro clínico atípico (dúvida diagnóstica) ou comorbidades não controladas também devem ser avaliados por especialista, assim como na ACOS (sobreposição asma-DPOC.
No encaminhamento ao especialista em asma, o médico generalista deve enviar relatório com seus achados clínicos de história e exame físico mais relevante para o diagnóstico e a evolução do quadro, incluindo as modalidades terapêuticas já usadas, se possível, com doses das medicações. É importante estar registrado no prontuário exatamente quando foi feito o diagnóstico de asma, e quais foram os elementos utilizados para este diagnóstico.
O artigo é de autoria do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.