Eosinofilia
Eosinofilia
Denise M. Mendes
Características gerais dos eosinófilos
Os eosinófilos são células inflamatórias, que representam 1% a 3% dos polimorfonucleares. Têm formato polimórfico, núcleo bilobulado, com grande mobilidade e inúmeras vesículas cito-plasmáticas. Sua vida média é de aproximada-mente 13 dias, sendo seis dias em desenvolvimento na medula óssea, um dia na circulação e seis dias no tecido. Os níveis sanguíneos de eosi-nófilos sofrem variações durante o dia, atingindo maior concentração à meia-noite e menor concen-tração ao meio-dia1.
Uma das principais funções dos eosinófilos é a defesa contra helmintos. Os helmintos estimulam a população Th2 a produzir IL-4 e IL-5. A IL-4 promove aumento de IgE, que se liga à superfície do helminto. A IL-5 ativa os eosinófilos, que se ligam ao imunocomplexo e secretam grânulos com componentes enzimáticos2.
-
Proteína básica principal (MBP) – principal componente dos grânulos eosinofílicos. É le-siva ao epitélio brônquico, relaciona-se com a fase tardia da reação alérgica e defesa contra helmintos.
-
Proteína catiônica eosinofílica (ECP)
-
Neurotoxina derivada do eosinófilo (EDN)
-
Peroxidase eosinofílica (EOP)
Conceito de eosinofilia
A eosinofilia é a contagem sérica de eosinófilos totais maior que 350 células/mm3. De acordo com Epstein (1998)3, pode ser classificada em:
-
Leve – 351 a 1500 células/mm3 de sangue
-
Moderada – 1500 a 5000 células/mm3 de san-gue
-
Intensa – acima de 5000 células/mm3 de san-gue
A maior contagem de eosinófilos sangüíneos é encontrada em meninos na faixa etária dos quatro aos oito anos de idade.
Processos envolvidos na eosinofilia
A eosinofilia ocorre como resultado de quatro processos (figura 1):
1-Proliferação – os eosinófilos se desenvolvem na medula óssea, por estímulo da IL-3, IL-5 e GM-CSF sobre as células progenitoras. Estas citocinas são chamadas de “primers” dos eosi-nófilos, uma vez que aumentam o metabolis-mo oxidativo e estimulam a expressão de re-ceptores, facilitando a ação dos fatores quimi-otáticos e a interação com as células endote-liais. Seus receptores possuem subunidade b comum4. Tanto a IL-3 como o GM-CSF atuam sobre as progenitores medulares ima-turas e promovem expansão de células que se diferenciam em vários tipos celulares, incluin-do eosinófilos. A IL-5 (ou fator de diferencia-ção de eosinófilos) é a principal citocina espe-cífica para a linhagem de eosinófilos, sendo responsável pela diferenciação seletiva dessas células. A IL-5 também estimula a transferên-cia de eosinófilos da medula para a circulação periférica2.
2-Adesão e migração – a migração de eosinófi-los da circulação para os tecidos envolve uma seqüência de eventos: marginação, rolamento, adesão ao endotélio e diapedese. Após a mar-ginação do eosinófilo no vaso sangüíneo, ocorre interação inicial da célula ao endotélio, por ligações fracas mediadas por moléculas de adesão da família das selectinas. As selec-tinas são expressas nos eosinófilos – L-selecti-na – e nas células endoteliais – E-selectinas. A ligação fraca entre duas moléculas permite o rolamento do leucócito. A adesão ao endotélio ocorre por ligações fortes mediadas por mole-culas da família das integrinas em virtude da interação entre eosinófilos e células endote-liais. Essa interação ocorre pelas selectinas e integrinas. Os eosinófilos expressam VLA-4 (b 1 integrinas) e CD18 (b 2 integrinas). O CD18 liga-se à ICAM-1(superfamília das imunoglobulinas) presente nas células en-doteliais, enquanto que a VLA-4 liga-se à VCAM-1, sendo esta a principal via utilizada pelos eosinófilos na sua migração para o te-cido5.
A expressão das moléculas de adesão é regula-da por citocinas e mediadores6. As principais in-terações entre citocinas e moléculas de adesão es-tão resumidas no quadro 1.
ICAM-1 |
TNFα, IFNg , IL-1, LPS |
VCAM-1 |
TNFα, IL-1, IL-4, IL-13, LPS |
VLA-4 |
Antígenos, mitógenos |
E-selectina |
TNFα, IFNg , IL-1, LPS |
L-selectina |
Ativação |
3-Quimiotaxia – os eosinófilos em repouso nor-malmente expressam as integrinas b 1 e b 2 em sua superfície e os fatores quimiotáticos au-mentam a expressão e a afinidade destas mo-leculas de adesão6. Os principais fatores quimiotáticos são:
-
Fator quimiotático para eosinófilos – medi-ador pré-formado dos mastócitos, de peso mo-lecular entre 380 a 2000 daltons. Formado por um tetrapeptídeo que pode ser: Val-Gly-Ser-Glu ou Ala-Gly-Ser-Glu7.
-
Fator ativador de plaquetas (PAF) – sinteti-zado a partir de um fosfolípide de membrana, por liberação da fosfolipase A2. Pode ser libe-rado por eosinófilos, plaquetas, neutrófilos, macrófagos, monócitos, basófilos e células endoteliais. Consiste em um dos mais potentes fatores quimiotáticos para eosinófilos, ativan-do-o, aumentando sua adesão às células endo-teliais e promovendo o aumento da permeabi-lidade vascular. Ativa ainda macrófagos e neutrófilos2.
-
IL-5 – produzida por linfócitos Th2 e mastóci-tos. Como citado anteriormente, caracteriza-se por estimular o crescimento e diferenciação de eosinófilos, quimiotaxia, além de prolongar a sobrevida desta célula. Em 1996, Okuidara mostrou que pacientes com asma, alérgica ou não, apresentavam produção significante de IL-5, o que não ocorre em indivíduos sadios. Sugeriu ainda que o recrutamento eosinofílico é ocasionado pela IL-5. Utilizou-se a substân-cia Om-01, que inibe a transcrição de IL-5 ex-clusivamente, inibindo assim a inflamação eo-sinofílica8,9.
-
IL-16 – produzida por linfócitos T CD8+ e eosinófilos. Trata-se de um potente fator quimiotático para eosinófilos e linfócitos T CD4+ 10. Acredita-se que a IL-16 juntamente com as quimiocinas RANTES, MIP-1α e MIP-1b , iniba a replicação do vírus HIV11.
-
GM-CSF – produzido pelos linfócitos T, fa-gócitos mononucleares, células endoteliais vasculares e fibroblastos. Responsável pelo crescimento e diferenciação de várias linha-gens celulares. Induz quimiotaxia e liberação de neurotoxinas derivadas do eosinófilo2.
-
Quimiocinas – o grupo que promove quimio-taxia de eosinófilos pertence à família das CC – quimiocinas ou b quimiocinas: Eotaxinas I e II (seletivas para eosinófilos), RANTES, MCP-3, MCP-4, MIP-1α. Estas quimiocinas promovem ainda degranulação e liberação de proteína básica principal e proteína catiônica eosinofílica. Os eosinófilos expressam recep-tores CCRI (para MCP-3, MIP-1α, e RAN-TES) e CCR3 (para MCP-3, MCP-4, eotaxina I e II, RANTES)12,13.
4-Sobrevivência e destruição – quando os eosi-nófilos chegam ao sítio inflamatório sofrem apoptose e são rapidamente retirados pelos macrófagos, sobrevivendo por menos de 48 horas. Algumas citocinas, como IL-3, IL-5 e GM-CSF, retardam a apoptose dos eosinófi-los, que sobrevivem longos períodos e têm sua responsabilidade aumentada por outros estímulos14. Vários outros fatores parecem regular a apoptose dos eosinófilos como por exemplo, membros da família de genes Bcl-2. Enquanto que Bcl-2, Bcl-x1 e A1 suprimem a apoptose, o Bax, Bcl-xs, Bad, Bak, Bik são pró-apoptóticas. Pacientes com eosinofilia expressam Bcl-2 nos eosinófilos do sangue periférico15.
Outro fator regulador da apoptose é o re-ceptor Fas expresso na superfície dos eosinó-filos. Este receptor Fas, também chamado APO-1 ou CD95, induz a apoptose. Pacientes com eosinofilia não expressam estes recepto-res na sua superfície16. O óxido
nítrico parece evitar a morte induzida pelo receptor Fas em eosinófilos humanos. Pacientes com rinite e asma apresentam aumento de óxido nítrico exalado, favorecendo a eosinofilia4.
Patogênese da eosinofilia
Após exposição ao alérgeno, são ativadas duas vias distintas, levando ao acúmulo de eosinófilos (figura 2).
Via dos mastócitos:
Indivíduos previamente sensibilizados, ao en-trar em contato com o antígeno, apresentam liga-ção cruzada de receptores de IgE presentes na su-perfície de mastócitos, com conseqüente degra-nulação e liberação de mediadores inflamatórios. Alguns desses mediadores (IL-5, PAF, LTB-4, etc) são responsáveis pelo afluxo de eosinófilos para o sítio inflamatório17. Além disso, os mastó-citos liberam fator de necrose tumoral (TNFα) e IL-1 que agem sobre as células endoteliais, indu-zindo a liberação de quimiocinas e GM-CSF18.
Via dos linfócitos Th219:
Outra importante via de ativação dos eosinófi-los é pelo processamento e apresentação do alér-geno pelas células apresentadoras de antígenos (APC) aos linfócitos Th2, que ocorre nos linfono-dos regionais. Os linfócitos Th2 secretam IL-4 e IL-5. A IL-4 estimula a produção de IgE e induz a produção de moléculas de adesão, principalmente VCAM-1. As APCs não ativam apenas Th2, mas também secretam mediadores pró-inflamatórios, que induzem células epiteliais a produzirem qui-miocinas que atraem eosinófilos.
Causas de eosinofilia:
1-Infecções20:
A) Parasitárias
Eosinofilia tropical
Toxocaríase
Infecções helmínticas
Filariose
Esquistossomose
Fasciolíase
Estrongiloidose
Triquinose
AscaridíaseB) Não parasitária
Coccidioidomicose
Pneumonia por Chlamydia
Fase convalescente da escarlatina ou in-fecção pneumocócica
2-Doenças alérgicas21:
Aspergilose broncopulmonar
Asma, polipose nasal, intolerância à aspi-rina
Hipersensibilidade a drogas (nefrite inters-ticial, hepatite colestática, dermatite esfo-liativa)
Urticária
Rinite alérgica
Dermatite atópica
3-Doenças do trato respiratório22-24:
Pneumonite de hipersensibilidade
Aspergilose broncopulmonar alérgica
Pneumonia eosinofílica
Síndrome de Löeffer
Eosinofilia pulmonar prolongada
4-Doenças cutâneas25,26:
Doenças imunológicas da pele
Escabiose
Celulite eosinofílica
Angioedema episódico com eosinofilia
5-Imunodeficiências27:
Wiskott-Aldrich
Deficiência de IgA com atopia
Síndrome de hiper-IgE
Síndrome de Nezelof
Reações enxerto X h
ospedeiro
6-Doenças do tecido conjuntivo28,29:
Vasculites – vasculite de hipersensibilida-de e Churg-Strauss
Doenças do soro
Fasceíte eosinofílica
7-Neoplasias30,31:
Leucemia eosinofílica
Carcinoma de ovário
Linfomas (de células T, Hodgkin)
Leucemia mielógena crônica
8-Doenças mieloproferativas:
Síndrome hipereosinofílica idiopática
Linfadenopatia angioimunoblástica
Hiperplasia linfóide angioblástica
Mastocitose sistêmica
9-Doenças endocrinológicas11:
Doença de Addison
10-Doenças gastrointestinais11:
Gastroenterite eosinofílica
Doenças inflamatórias intestinais
11-Reações tóxicas32:
Sindrome de mialgia eosinofílica (L-trip-tofano)
12-Drogas11:
Anti-microbianos
Ampicilina |
Penicilina |
Cefotaxima |
Pentamidina |
Ciprofloxacim |
Pirimetamina |
Dapsona |
Sulfadiazina |
Etambutol |
Sulfadimetoxina |
Metronidazol |
Sulfanilamida |
Minoclina |
Tetraciclina |
Nitrofurantoína |
Trimetropim |
Ácido para-aminosalicílico |
Antiinflamatórios são hormonais
Acetaminofen
Aspirina
Diclofenaco
Fenbufen/Fenoprofen
Naproxen
Sulindac
Ibuprofen
Ácido tolfenâmico
Glafenine
Piroxicam
Tenidap
Loxoprofen
Antidepressivos, antiepilépticos e outros agentes neurológicos
Carbamazepina
Clorpromazina
Desipramina
Febarbamate
Fluoxetine
Imipramine
Carbamato de mefenesin
Fenitoína
Trazodone
Trimipramine
Agentes Cardiovasculares
Amiodarona
Captopril
Clofibrato
Pirindopril
Agentes antialérgicos
Albuterol
Dipropionato de beclometasona
Cromonas
Hipoglicemiantes
Clorpropamida
Tolazamide
Agentes anti-reumatológicos
Sais de ouro
Penicilamina
Quimioterápicos
Bleomicina
Methotrexate
Agentes gastrointestinais
Cimetidina
Mesalamina
Ranitidina
Sulfasalazina
Drogas ilícitas
Cocaína
Heroína
Outros agentes
Isotretinoína
Contrastes iodados
Avaliação clínica da eosinofilia
A avaliação do paciente consiste em três eta-pas1,3,21:
1-Anamnese – deve ser detalhada, abrangendo vários aspectos, principalmente:
Condições de moradia, viagens e proce-dência, uma vez que as parasitoses intes-tinais constituem a principal causa de eosinofilia nos países tropicais.
sintomas alérgicos
sinais e sintomas gerais (febre, perda de peso, linfadenopatia, mialgia, artralgia)
dieta rica em L-triptofano (pode ocasionar síndrome de mialgia eosinofílica)
2-Exame físico
3-Exames laboratoriais: os exames iniciais con-sistem em hemograma, dosagem sérica de IgE, protoparasitológicos de fezes. Conforme o resultado, exames mais específicos são soli-citados.
Terapêutica medicamentosa da eosinofilia3
O tratamento da eosinofilia envolve vários processos (figura 3).
inibição da interação entre eosinófilos e as células endoteliais, por antocorpos neu-tralizantes contra moléculas de adesão (ICAM-1 e VLA-4)
interferência com a síntese e ativação de leucotrieno B4 e leucotrieno C4
bloqueio dos receptores para moléculas quimioatraentes
glicocorticóides ou ciclosporina inibem a proliferação, sobrevivência e ativação de eosinófilos, interferindo com GM-CSF, IL-3 e IL-5.
Eosinófilos são inibidos por inibidores da fosfodiesterase, cromonas, interferon-a , anti-histamínicos e anti-leucotrienos.
Glicocorticóides suprimem a concentra-ção de óxido nítrico em asmáticos, dimi-nuindo a eosinofilia pela sensibilização do receptor Fas. Além disso, os glicocorticói-des induzem a apoptose das células4.
Referências bibliográficas
-
Rios, JBM; Carvalho LP. Alergia Clínica – Diag-nóstico e Tratamento. 1ª ed. Rio de Janeiro, 1995.
-
Abbas, AK; Lichtman, AH; Pober, JS. Cellular and Molecular Immunology. 3rd ed. 1998.
-
Epstein H. F. Eosinophilia. N Engl J Med 1998; 338:1592-99.
-
Cohen JJ. Apoptosis: Mechanisms of life and death in the immune system. J Allergy Clin Immu-nol 1999;103: suppl. 4:548-54.
-
Resnik MB, Weller PF. Mechanisms of eosinophil recrutment. Am J Respr Cell Mol Biol 1993;8: 349-55.
-
Passalacona G, Ciprandi G, Bagnasco M, Battifo-ra M, Canonica GW. Adhesion molecules and allergy recent insights. ACI International 1998;10: suppl 1:23-9
-
Roitt, IR; Brostoff, J; Male, D. Imunologia. 2ª ed 1992.
-
Okuidara H, Mori A, Suko M, Ito K. Selective suppression of IL-5 synthesis by OM-01. Int Arch Allergy Immunol 1997;113:331-334.
-
Okuidara H. IL-5 Gene Transcription in Atopic Diseases. ACI International 1998;10(6)198-203.
-
Cruikshank WW. IL-16 inhibition of CD3-depen-dent lymphocyte activation and proliferation. J Immunol. 1996;157(12):5240-8.
-
Viglianti V. IL-16 Represses HIV-1 Promoter Ac-tivity. J Immunol. 1997;158(1)5-8.
-
Kaplan A, Kuna P. Chemokines and the activation of basophils and eosinophils. ACI International 1998;10: suppl 5:154-57.
-
Collins PD, Marleau S, Griffiths-Johnson DA, Jo-se PJ, Williams TJ. Cooperation between interleu-kin-5 and the chemokine eotaxin to induce eosino-phil accumulation in vivo. J Exp Med 1995; 182: 1169-74.
-
Bratton, DL. “Their´s but to do and die”: Eosino-phil longevity in asthma. J Allergy Clin Immunol 1999;103: suppl 4:555-58.
-
Simon HU. Role for delayed eosinophil apoptosis in eosinophilia associated with allergy and asthma. ACI International 1998;10(6):185-87.
-
Vignola AM. Evaluation of Apoptosis of eosino-phils, macrophages, and T lymphocytes in muco-sal Biopsy specimens of patients with asthma and chronic bronchitis. J Allergy Clin Immunol 1999; 103: suppl.4:563-73.
-
Minoguchi K, Miyamoto M, Adachi M. Induced Sputum and Eosinophilic Inflamation. ACI Inter-national 1998;10(6)176-180.
-
Takizawa H, Sato M, Ito K. The Interactions of eosinophils with Bronchial Epithelial Cells in Asthma. ACI International 1997;9(5)149-155.
-
Mosmann TR, Coffman RL. TH 1 and TH 2 cells: different patems of lymphokine secretion lead to different functional properties. Annu Rev Immu-nol 1989;7:145-73.
-
Capron M. Eosinophils and parasites. Ann Para-sitol Hum Comp 1991;66:suppl 1:41-5.
-
Kaiser G. Lim, Weller FP: Eosinophilia and Eosi-nophil – Related Disorders. In Middleton et al, editor: Allergy Principles e Pratice ED 5, 1998; Mosby, pp 783-798.
-
Grantham JG, Meadows JA III, Gleich GJ: Chronic eosinophilic pneumonia: evidence of eosinophil degranulation and release of major basic protein, Am J Med 1986;80-89.
-
Greenberger PA; Allergic bronchopulmonary aspergillosis, J Allergy Clin Immunol 1984; 74:645.
-
Stankus RP, Salvaggio JE. Infiltrative lung disea-se; hipersensitivity pneumonitis, allergic broncho-pulmonary aspergillosis, and the inorganic dust pneumoconioses. In Santer M, editor: Immunolo-gical diseases, ed 4, Boston, 1988.
-
Leiferman KM. A current perspective on the role of eosinophils in dermatologic diseases, J Am Acad Dermatol 1991;24(6): 1101.
-
Gleich GJ, Schroeter AL, Marcoux JP et al. Epi-sodic angioedema associated with eosinophilia, N Engl J Med 1984;310:1621.
-
Conley ME, Stiehm ER Immunodeficiency disor-ders, 1996.
-
Cottin V, Cordier JF. Churg-Strauss syndrome. Allergy 1999; 54(6): 535-551.
-
Barros MT, Barros RT. Vasculites: classificação, patogênese e tratamento, Rev. bras. alerg. imuno-patol. 1998;21(4):128-138.
-
Stefanini M, Claustro JC, Motos RA et al. Blood and bone marrow eosinophilia in malignant tu-mors. Role and nature of blood and tissue eosino-phil colony-stimulating factors in two patients, Cancer 1991;68:543.
-
Vukelja SJ, Weiss RB, Perry DJ et al. Eosinophi-lia associated with adult T-cell leukemia/lympho-ma, Cancer 1988;62(8): 1527.
-
Medsger TA Jr. Tryptophan-induced eosinophilia-myalgia syndrome, N Engl J Med 1990;322 (13):926.
-
Parrilo JE, Fauci AS. Therapy of the hypereosino-philic syndrome. Ann Intern Med 1978;89:167-72.
Figura 1 – Processos envolvidos na eosinofilia.
Figura 2 – Resposta da fase tardia.
.
Figura 3 – Drogas terapêuticas da eosinofilia