Alergias alimentares ganham um novo capítulo

Alergias alimentares ganham um novo capítulo

Alergias alimentares ganham um novo capítulo

Novos alimentos estão ganhando destaque nas alergias alimentares. Se antes o leite liderava como sendo o alimento que mais causava alergia, agora ele perde posição de líder para o ovo. A lista dos principais alérgenos alimentares ainda é composta por soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. Porém, outros alimentos como frutas, gergelim, chia e linhaça emergem como desafios.

Apesar de ainda ocupar papel de destaque entre as alergias na infância, o leite de vaca parece estar perdendo a primeira posição para o ovo. Além disso, alimentos como amendoim, castanhas, sementes e frutas, especialmente a banana, ganham destaque nas estatísticas de alergias.

Aumento substancial das alergias a amendoim e castanhas: o número de crianças com sintomas de alergia após a ingestão de amendoim e/ou castanhas alcança pouco a pouco uma realidade semelhante às referidas em países como os Estados Unidos e Reino Unido. As alergias se manifestam ainda nos primeiros anos de vida, caracterizam-se pela gravidade das reações e podem ser desencadeadas por quantidades ínfimas dos alimentos, incluindo a inalação.

Persistência das Alergias na Vida Adulta: Paralelamente ao aumento do número de alimentos responsáveis pelas alergias, o tempo para sua remissão (isto é, a perda da alergia) também é maior. Alergia ao leite, ovo, soja e trigo eram geralmente remitidas até os 5 a 7 anos de idade. Atualmente acompanhamos muitos pacientes até o final da adolescência ainda com reações alérgicas a estes alimentos.

Importância da Introdução Alimentar: Quando feita de forma adequada, a introdução alimentar pode ser uma forma de minimizar o aparecimento das alergias. Aleitamento materno exclusivo até os seis meses, seguido pela introdução gradual de alimentos, especialmente aqueles nutricionalmente essenciais, a partir do sexto mês.

Riscos da Dieta de Restrição sem Acompanhamento: Atenção ao perigo que as dietas de restrição, sem orientação adequada, podem causar. Além dos prejuízos nutricionais, os impactos sociais e psicológicos podem criar estigmas e afetar a qualidade de vida.

Evolução no Tratamento: A imunoterapia, por diferentes vias de administração, e os imunobiológicos surgem como opções promissoras, proporcionando avanços significativos na qualidade de vida dos pacientes.

A dessensibilização oral não leva à cura da alergia, mas pode melhorar muito a qualidade de vida do paciente, especialmente daqueles que reagem a quantidades muito pequenas dos alimentos. Existem várias linhas de pesquisa em andamento, envolvendo novas abordagens terapêuticas, que devem nos trazer soluções mais seguras.