Tenho asma: posso ser um atleta?
É muito comum a presença de sintomas decorrente de exercício físico vigoroso, sendo os principais a tosse, a dispneia e os sibilos. Durante a prática desportiva, o asmático pode apresentar o broncoespasmo induzido por exercício (BIE) caracterizado pela obstrução transitória das vias aéreas
Esta definição recobre-se de importância, pois um expressivo número de indivíduos no mundo moderno desenvolve atividades físicas e esportivas para manter a saúde. Em pacientes com doenças crônicas, a atividade física contribui para aumento da capacidade funcional e respiratória, melhora da qualidade e da expectativa de vida.
O BIE pode ocorrer em praticantes de qualquer esporte, entretanto, acontece com maior frequência naqueles que competem em esportes de resistência (corrida de longas e médias distâncias, hóquei sobre o gelo, natação, futebol, etc.), que tem uma demanda ventilatória maior e mais sustentada que nos atletas de explosão.
“Dependendo do tipo de esporte, até 50% ou mais dos atletas podem apresentar sintomas respiratórios após os exercícios, tais como dispneia, tosse, sibilância, aperto no peito ou desconforto respiratório, principalmente aqueles com asma”. Daí a importância de se procurar um médico especialista para a orientação e tratamento adequado; para que se garanta o direito de todos os indivíduos de praticarem exercícios, mesmo os atletas de elite.
O artigo é de autoria do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.