Promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências.

Contato: Rua Domingos de Morais, 2.187, 3º andar, Salas 315, 316 e 317, Bloco Xangai - Vila Mariana - São Paulo/SP Cep: 04035-000 (11) 99703-7937 sbai@sbai.org.br

Please enter subscribe form shortcode

Alergias 11 de setembro de 2018

Primavera traz com ela a alergia ao pólen, e a região Sul é a mais atingida

Aquecimento global muda o tempo do florescimento e aumenta produção de pólen

Daqui a um pouco mais de um mês chega a Primavera, a estação mais florida do ano, e junto com ela a alergia ao pólen, uma das mais frequentes nesta época e cuja prevalência está aumentando, observando-se sensibilização já na infância. Dados brasileiros revelam que 22% de crianças do Sul têm sensibilização ao pólen de gramíneas em pesquisa de anticorpos IgE no sangue. Cerca de 25% dos adultos desta região têm alergia clínica ao pólen.

A flor produz o pólen que é o gameta masculino responsável pela reprodução da planta. O pólen pequeno e leve, produzido em grandes quantidades, é carregado pelo vento para a fecundação aleatória. Nem todos os polens têm potencial alergênico, mas as gramíneas, incluindo-se o capim, encontradas em todas as regiões do Brasil, são a principal causa de alergia polínica no País. O principal causador de alergia é o azevém (Lolium).

O Dr. Nelson Rosário, coordenador do Departamento Científico de Imunoterapia e Imunobiológicos da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), responde a algumas dúvidas sobre a alergia ao pólen:

Quais os sintomas da alergia ao pólen?

Em contato com as mucosas das pessoas sensibilizadas (alérgicas), o pólen desencadeia uma reação inflamatória, cujas características são a rinite e conjuntivite. Ocorre uma sucessão de espirros, o nariz, os olhos e a garganta coçam intensamente; há congestão nasal e os olhos se tornam vermelhos e lacrimejantes. Alguns alérgicos ao pólen apresentam asma, com tosse, chiado e dificuldade respiratória.

Quais regiões do Brasil apresentam mais casos desse tipo de alergia?

Originalmente, esta alergia foi descrita em Curitiba e depois se observou que em outras localidades do Sul do Brasil também havia pacientes com doença polínica. Mudanças climáticas têm contribuído para o aumento da frequência desta alergia. As plantas crescem rapidamente e produzem mais polens. O aquecimento global antropogênico resulta no florescimento mais precoce, com isso a estação polínica começa mais cedo e se prolonga mais que o habitual. 

Sintomas de rinoconjuntivite alérgica e asma consequentemente serão mais intensos, começarão mais precocemente e serão mais prolongados tendo em vista essa interação com cargas polínicas maiores na atmosfera. Está demonstrado que plantas da mesma espécie crescendo em áreas rurais, produzem menos grãos de pólen e com menos conteúdo alergênico do que aquelas crescendo à margem de rodovias e sujeitas a índices maiores de poluentes do ar. 

É possível prevenir?

Infelizmente não há prevenção para esta alergia.

Há tratamento para alergia a pólen?

Além de medicamentos antialérgicos para o controle dos sintomas da alergia ao pólen, há possibilidade de utilização de vacinas com extratos alergênicos específicos. Estas vacinas podem ser de uso injetável (subcutânea) ou por via sublingual, sempre com a indicação e o acompanhamento de um médico.

Leave a Reply