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Alergia a Medicamentos 1 de novembro de 2024

Hipersensibilidade a progestágenos: condição rara que exige mais atenção

Hipersensibilidade a progestágenos: condição rara que exige mais atenção

A hipersensibilidade a progestágenos (que engloba tanto a progesterona endógena quanto a sintética), uma condição rara e pouco conhecida, está ganhando atenção no campo da saúde feminina. Essa doença heterogênea que se caracteriza por manifestações dermatológicas, broncoespasmo e até anafilaxia, impacta significativamente a qualidade de vida e o desejo de engravidar. Antes conhecida como dermatite autoimune, hoje é denominada hipersensibilidade a progestágenos descrevendo melhor seus mecanismos e o envolvimento extracutâneo.  

Os progestágenos incluem a progesterona endógena, produzida pelo corpo lúteo na 2ª fase do ciclo menstrual ou gestação, e a progesterona sintética, presente em contraceptivos orais, dispositivos intrauterinos e contracepção de emergência. Recentemente, um aumento do número de casos tem sido visto relacionados à fertilização in vitro, quando altas doses de progesterona sintética são necessárias para suporte inicial à gravidez 

O diagnóstico pode ser feito por meio de testes in vivo (testes cutâneos ou testes de provocação) ou in vitro, porém esses testes não são padronizados e a investigação depende do tipo de manifestação clínica que a paciente apresentou. 

A incidência e prevalência da hipersensibilidade a progestágenos são desconhecidas, mas é considerada uma doença rara e o tratamento se baseia em diferentes maneiras de suprimir a ovulação, uso de anti-histamínicos corticosteroides e/ou omalizumabe. A dessensibilização com progestágenos pode ser utilizada como abordagem para tolerância à fertilização e/ou controle dos sintomas.