DPOC: Estimativa é que 12% da população adulta tenha a doença
Falta de ar ao tomar banho é um dos sintomas
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que provoca a destruição do tecido pulmonar e inflamação nos brônquios, é a principal causa de morte por doenças respiratórias nos adultos e representa 5,5% das mortes nessa população, com maior incidência à medida que a idade avança.
O tabagismo é a principal causa da DPOC, mas outros poluentes inaláveis, como fumaça de fogo de lenha e material particulado de motores a combustão, também podem provocar a doença. A fumaça inalada de segunda mão – o ´fumo passivo´ – é outra causa, porém, menos provável.
Os tabagistas são os mais atingidos pela DPOC, após os 40 anos de idade e independentemente do gênero. Estima-se que no Brasil cerca de 12% da população adulta tenha DPOC.
“O principal sintoma é a falta de ar, que muitas vezes o tabagista acha que se deve ao avançar da idade e ao sedentarismo. Conforme a doença progride, a falta de ar torna-se cada vez mais intensa e pode ocorrer aos mínimos esforços, como tomar banho, vestir-se ou mesmo ficar repouso. Entre as complicações causadas pela doença está a sobrecarga do coração, que pode vir a falhar e levar à desnutrição”, explica o Dr. José Ângelo Rizzo – membro do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Todos os tratamentos visam retardar a progressão da doença, aliviar os sintomas e evitar as exacerbações que são as crises agudas de tosse e falta de ar, geralmente associadas a infecções respiratórias como as gripes.
“O primeiro passo é parar de fumar. Medicamentos broncodilatadores são importantes para aliviar os sintomas e permitir as atividades diárias dos indivíduos. Os tratamentos das exacerbações incluem os broncodilatadores, antibióticos, corticosteroides e oxigênio. Nas fases avançadas, pode ser necessário o uso contínuo de oxigênio para permitir algum conforto aos pacientes. Atividades físicas orientadas e a reabilitação pulmonar também são condutas terapêuticas preciosas que podem ajudar os pacientes a viver melhor. Porém, nenhum deles cura a DPOC”, explica o especialista da ASBAI.