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Alergia Alimentar 17 de dezembro de 2025

Alergia a camarão x contraste: um mito que precisa ser derrubado

Alergia a camarão x contraste: um mito que precisa ser derrubado

Uma crença comum, mas equivocada, persiste entre a população: a de que pessoas com alergia a camarão ou outros frutos do mar não podem realizar exames de imagem que utilizam contraste iodado, por risco de reação alérgica.

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) desmistifica a relação entre a alergia alimentar e as reações ao contraste radiológico: A alergia ao camarão ocorre devido a uma reação imunológica às proteínas presentes no crustáceo. Já as reações ao contraste iodado, embora popularmente atribuídas ao ‘iodo’, são na verdade desencadeadas pela composição química da substância, que é completamente diferente dos alérgenos encontrados no camarão. Ou seja, a composição química do contraste não se assemelha às proteínas que causam a alergia alimentar.

As reações ao contraste podem ser classificadas como de hipersensibilidade, geralmente não alérgica, e não estão relacionadas ao consumo de frutos do mar.

A recomendação da ASBAI é que o paciente informe ao médico se já teve qualquer tipo de reação adversa a um exame anterior com contraste. Esta informação é vital para que a equipe médica possa tomar as precauções necessárias ou considerar alternativas.

Embora a alergia a camarão não tenha relação com o contraste, é importante informar o médico que realizará o exame sobre todas as alergias, principalmente as alergias a medicamentos.

A anafilaxia, reação alérgica grave e potencialmente fatal, é uma possibilidade rara, mas que pode acontecer em pacientes que utilizam contraste. Por isso, a equipe médica que está realizando o exame de imagem, deve estar preparada para intervir rapidamente caso ocorra. No entanto, é bom ressaltar, que o risco não é maior para quem tem alergia a camarão.

A comunicação entre paciente e médico, detalhando o histórico clínico e a observação de reações anteriores específicas ao contraste, pode garantir a segurança em todos os procedimentos. E mesmo para quem já teve reação ao contraste, alternativas seguras estão disponíveis. Uma avaliação prévia com um alergista imunologista é recomendada.