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Biodiversidade e Poluição 16 de agosto de 2024

Queimadas na Amazônia: ASBAI alerta e orienta sobre os cuidados com a saúde

Queimadas na Amazônia: ASBAI alerta e orienta sobre os cuidados com a saúde

Cerca de 28 milhões de habitantes na Região Amazônia, que representam 13% da população brasileira, estão sendo afetados pelas altas concentrações de material particulado e de outros poluentes atmosféricos, causados pelas queimadas, o que resulta em graves impactos à saúde.  

Com 20.221 focos de calor registrados de 01 de janeiro a 24 de julho de 2024, os registros de fogo na Amazônia nos sete primeiros meses do ano já são o maior para o período desde 2005, segundo dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Vários fatores contribuíram para o aumento do fogo na Amazônia em 2024: a região está mais seca, o que está intimamente relacionado às mudanças climáticas e foi potencializada pelo fenômeno El Niño. Acabamos de passar pelo ano mais quente já registrado nos últimos 100 mil anos e em junho completamos 13 meses consecutivos de temperaturas recordes mensalmente. Quanto maior a temperatura, mais vulnerável a floresta e mais sujeita a queimadas ela está. 

Abaixo algumas orientações para as pessoas que residem em áreas afetadas pelas queimadas:

Fique dentro de casa com portas e janelas fechadas;

Procure abrigo em outro lugar se não tiver ar condicionado e estiver muito quente para ficar dentro de casa com as janelas fechadas;

Não aumente a poluição do ar interior. Não acenda velas nem use fogões a gás, propano ou lenha, lareiras ou sprays aerossóis. Não frite e nem asse carne, não fume produtos de tabaco nem use aspirador de pó. Todas estas atividades podem aumentar a poluição do ar interior;

Tenha comida e medicamentos suficientes à mão para vários dias, para não ter de sair à procura de mantimentos. Se precisar sair, evite horários do dia em que há mais fumaça;

Não confie em lenços para se proteger da fumaça. Se você precisar ficar ao ar livre quando houver fumaça, use mascara N95, que cobrem o nariz e a boca, se ajustam perfeitamente ao rosto e podem filtrar partículas de fumaça ou cinzas antes de inalá-las.

As crianças não devem ajudar nos trabalhos de limpeza e não devem brincar nas cinzas; 

Limpe as cinzas de todos os brinquedos infantis antes de usá-los;

Mantenha os animais de estimação longe de locais contaminados.

Pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares, incluindo asma, idosos, crianças e mulheres grávidas devem tomar precauções especiais com as cinzas.

Vista-se adequadamente. Use luvas, camisas de mangas compridas, calças compridas, sapatos e meias para evitar contato com a pele. Usar óculos de proteção também é uma boa ideia. Troque os sapatos e as roupas antes de sair do local a ser limpo para não pegar cinzas e carregá-las para o carro ou outros locais;

Não beba e nem use água da torneira até que as autoridades de emergência lhe digam que possa fazê-lo. Os sistemas de abastecimento de água e os poços podem ser danificados e contaminados durante os incêndios florestais.

Lave todos os alimentos que tenham sido expostos ao calor, fumaça, inundações ou cinzas. 

Amazônia – Com sete milhões de quilômetros quadrados, sendo cinco milhões e meio de florestas, ela é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, tendo papel fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do planeta e a conservação dos recursos hídricos. Também cheia de contradições, a região apresenta 7 das 10 cidades mais poluentes do Brasil, sendo São Félix do Xingu (PA) a mais poluente e detentora do maior rebanho bovino do mundo.

Segundo o IBGE, a Amazônia ocupa aproximadamente 49,29% do território brasileiro, abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins, e apresenta 772 municípios. Com uma população de mais de 28 milhões de habitantes, representa aproximadamente 13% do contingente brasileiro.

Historicamente, é esperado um alto índice de desmatamento e queimadas na Amazônia entre julho e outubro, época em que a maioria dos estados passa pelo chamado “verão amazônico”, caracterizado pela diminuição da chuva e da umidade relativa do ar e do aumento da temperatura, o que deixa a vegetação mais seca e sujeita ao fogo.