A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é uma condição crônica da pele que afeta cerca de 15% a 20% das crianças e 3% A 7% dos adultos globalmente. No Brasil, estima-se que a prevalência siga uma tendência semelhante à média mundial, com uma incidência maior em crianças.
Resultante de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos, o paciente com dermatite atópica apresenta sintomas que geralmente incluem:
• Coceira intensa, quase insuportável
• Pele seca e escamosa, propensa a fissuras
• Inflamação da pele e vermelhidão
• Erupções cutâneas que podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nas dobras dos cotovelos, joelhos e pescoço.
A base do tratamento da dermatite atópica é a hidratação da pele, usando cremes e pomadas emolientes que ajudam a reter a umidade, na tentativa de controlar a doença e prevenir as crises. Tomar banho com água morna e usar sabonetes indicados para o tipo de pele do paciente.
Avanços no tratamento – Nos últimos anos, avanços significativos foram feitos no tratamento da dermatite atópica, com o desenvolvimento de novas medicações. Além dos corticosteroides tópicos, usados para reduzir a inflamação e aliviar a coceira, os imunobiológicos se mostraram eficazes no controle da dermatite atópica, por exemplo, o dupilumabe, uma opção para casos moderados a graves.
O Departamento Científico de Dermatite Atópica da ASBAI destaca a aprovação dos medicamentos abrocitinibe e upadacitinibe pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses medicamentos são um inibidor de JAK, uma proteína envolvida no processo inflamatório da doença. Eles são indicados para pacientes com 12 anos ou mais que necessitam de terapia além dos tratamentos tópicos convencionais. Estudos clínicos demonstraram que abrocitinibe pode proporcionar alívio rápido dos sintomas, como a coceira intensa, com melhora já nos primeiros dias de uso.
Outra novidade é a ampliação do uso do dupilumabe, um tratamento já conhecido, agora autorizado para crianças a partir de 6 meses de idade.
Acompanhamento Psicológico: As alterações na aparência da pele e a coceira persistente comprometem a qualidade de vida e provocam mudanças do comportamento, alterações do humor e do sono, isolamento social, que impactam o bem-estar emocional, podendo levar à ansiedade e depressão.
É muito importante ter a certeza do diagnóstico correto feito pelo especialista, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a idade do paciente e seu histórico clínico.