Asma ocupacional atinge 1 em cada 10 asmáticos adultos
Você sabia que existem dermatites ocupacionais? Elas são ocasionadas por alérgenos presentes dentro do ambiente de trabalho, como metais, tintas, látex encontrado em luvas, cosméticos, óleos, graxas, cimentos, entre outros. Dentre as dermatites de contato ocupacionais as mais comuns são as dermatites de mãos, porque estão diretamente relacionadas ao contato com substâncias sensibilizantes.
Não há estatísticas precisas no Brasil. “Mas sabemos que as dermatites de contato e a asma estão entre as doenças ocupacionais mais frequentes. Cerca de um em cada 10 asmáticos adultos tem asma ocupacional”, conta Dr. Clóvis Galvão, diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Para o trabalhador se proteger e não ser obrigado a deixar o emprego por causa da alergia, o Dr. Clóvis indica o uso de equipamentos de proteção individual como luvas sem látex e máscaras com filtros, que podem ajudar no controle de alguns casos. “Mas a melhor orientação é passar a evitar o componente alergênico. Isso implica, muitas vezes, na mudança de função do trabalhador no local de trabalho e, em casos extremos, seu afastamento definitivo daquela profissão”, explica o especialista.
Não existe uma legislação clara que obrigue a empresa a fazer mudanças/adaptações, seja de reorganização de cargo ou do componente utilizado para exercício da função, após a constatação de que o colaborador é alérgico a determinado componente relacionado à função que ele ocupa, embora muitas companhias se prontifiquem a fazê-las quando necessário. A legislação não é clara nem mesmo com relação à aposentadoria pelo INSS.