Anafilaxia na infância: a informação precisa chegar aos pediatras e equipes socorristas

Anafilaxia na infância: a informação precisa chegar aos pediatras e equipes socorristas

Anafilaxia na infância: a informação precisa chegar aos pediatras e equipes socorristas

A anafilaxia vem aumentando em criança com faixa etária entre 0 e 4 anos. No Brasil, os dados parecem se assemelhar aos dos EUA, que apresentou um aumento de 5,7 para 11,7 por 10 mil atendimentos entre os anos de 2009 e 2013.  A falta de reconhecimento dos sintomas, atraso na administração ou falta da adrenalina e o desconhecimento de como agir após a anafilaxia são fatores que comprometem o tratamento da criança que apresentou a crise.

Os meninos em fase de amamentação são os mais propensos à anafilaxia, sendo os alimentos um dos principais fatores desencadeantes. Na maior parte das vezes, os sintomas surgem na pele (98%), seguido pelo respiratório (59%) e os sintomas gastrointestinais (56%).

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a anafilaxia é subdiagnosticada e, muitas vezes, o tratamento não é o mais adequado. Existe necessidade de mais informação sobre esta reação alérgica, principalmente entre clínicos, pediatras e equipes de emergência. Diagnóstico precoce e tratamento rápido salvam vidas. As famílias, pais e cuidadores de crianças que já sofreram anafilaxia precisam receber informações e estar preparados para uma eventual nova crise de anafilaxia na criança.

Sintomas da anafilaxia – de modo geral acometem a pele, provocando urticas, que são lesões altas, elevadas, que coçam bastante e são associados a sintomas do aparelho respiratório (congestão nasal, aperto no peito, falta de ar), do trato gastrointestinal como diarreia, náuseas, vômitos e cólicas abdominais e, muitas vezes, sintomas cardiovasculares, com queda de pressão, tonturas e a parada cardiorrespiratória. Nem todas as anafilaxias vão resultar em paradas cardiorrespiratórias, que é o choque anafilático.

A forma mais eficaz de tratar a reação anafilática é a aplicação intramuscular de adrenalina. Esta é disponível em ampolas e em aparelhos autoinjetores. Pessoas que já sofreram anafilaxia devem portar esta medicação. A escolha da apresentação mais adequada deve ser analisada no âmbito da relação médico-paciente.