Promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências.

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Alergias 26 de setembro de 2017

Alergia entre animais cresce e o motivo está ligado à mudança no estilo de vida

#congressoalergia2017

Não são só pessoas que sofrem com as alergias. Os animais domésticos também e esse número vem crescendo. As doenças alérgicas acometem de 10% a 15% da população de cães. Anteriormente à urbanização, cães e gatos permaneciam a maior parte do tempo em ambiente externo, com exposição à biodiversidade natural; apresentavam ampla sociabilização e convívio com múltiplos animais da mesma espécie e com animais pecuários, e desenvolviam atividades aeróbicas constantes.

As mudanças do estilo de vida inerentes à urbanização fizeram com que os animais domésticos convivessem com humanos em ambientes internos, dividindo espaços comuns e permanecendo a maior parte do tempo na sala de estar e nos quartos, em moradias com excesso de mobília, tapetes, cortinas, carpete e pouca ventilação.

Segundo o Prof. Dr. Marconi Rodrigues de Farias, Coordenador da Comissão Especial de Alergia Veterinária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), esses animais passaram a ser esterilizados e desenvolveram uma vida sedentária, submetidos a ampla e variada exposição dietética e hábitos alimentares inerentes a humanos. Passaram a ser vacinados e desverminados regularmente, tomar banhos frequentes, ter variável exposição cosmética, usar roupas de material sintético e lã; permanecem sobre camas e travesseiros e são criados isolados do convívio com outros animais.

“A conjunção dessas mudanças do estilo de vida com o aumento da criação de raças específicas levou ao desenvolvimento e aumento progressivo da incidência de doenças alérgicas em animais de companhia em todo o mundo, mormente, dermatite atópica em cães; rinite, rinosinusite e asma alérgica em gatos; e, em cavalos estabulados, desenvolvimento de asma alérgica e doença pulmonar obstrutiva crônica”, explica Dr. Farias.

Em associação ao desenvolvimento de doenças alérgicas nesses animais, observou-se também o aparecimento de comorbidades psiquiátricas e compulsões associadas principalmente a doenças ansiosas, distúrbios de sociabilização e doenças endócrinas, principalmente a obesidade.

Comissão de Alergia Veterinária – Ciente da necessidade de estimular e praticar conceitos de saúde única e fomentar a pesquisa em medicina comparada, a ASBAI criou, em 2016, a Comissão de Alergia Veterinária, que passou a atuar no desenvolvimento de trabalhos científicos e grupos de pesquisas comuns e analisar animais como elementos satélites que acusam a ocorrência de fatores extrínsecos ambientais no desenvolvimento de doenças alérgicas em humanos.

Durante o XLIV Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, que será realizado em Belo Horizonte (MG), entre os dias 21 e 24 de outubro, a Comissão Especial de Alergia Veterinária da ASBAI apresentará o II Simpósio de Alergia Veterinária, com a participação de médicos e veterinários de várias regiões do Brasil, que discutirão sobre disbiose e alterações da barreira tegumentar, alergia alimentar, imunoterapia e imunobiológicos no controle da dermatite atópica em cães e temas em medicina comparada.

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