Asma mata 2 mil pessoas por ano no Brasil

Três pessoas morrem por dia no Brasil em decorrência da asma. Por ano, são 2 mil mortes e a  falta de informação é um dos fatores que mais contribuem para os óbitos por asma. A doença respiratória está entre as mais prevalentes do mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 235 milhões de pessoas sofram de asma. No Brasil, ela acomete cerca de 10% da população.
A prevalência da asma é maior na infância, quando chega a afetar 20% das crianças e adolescentes.

A inflamação presente nos brônquios é desencadeada ou agravada por alérgenos inaláveis (ácaros, fungos, epitélios de animais, baratas, pólens), infecções respiratórias (sinusite, resfriados e gripes), doença do refluxo gastroesofageano, poluentes e uso de medicamentos (anti-inflamatórios e betabloqueadores).

Os principais sintomas são: falta de ar, chiado no peito, tosse, sensação de aperto no peito e, dependendo da gravidade da doença, limitação para atividades diárias.

Os impactos na vida do paciente são muitos, como os custos difíceis de serem avaliados: ansiedade, sofrimento, má qualidade de vida, além de riscos futuros resultantes do absenteísmo escolar.

O objetivo do tratamento é alcançar o controle da doença com o uso de medicamentos preventivos que controlam a inflamação presente nos brônquios e remédios para as crises. Alguns pacientes podem também ter benefício com o uso de imunoterapia (vacinas de alergia) com os alérgenos aos quais está sensibilizado.

Além do uso de medicamentos, faz parte do tratamento a diminuição do contato com alérgenos e fatores irritantes (fumaça, cheiros fortes e poluentes), vacinação contra gripe e tratamento da doença do refluxo.

“Discutir sobre os seus impactos individual e social é muito importante para estabelecer a cultura da adequada prevenção e da utilização de medicamentos que possam garantir a ausência de crises”, explica Dr. José Carlos Perini, presidente da Associação Brasileira de Alergia (ASBAI).