COMUNICADO da ASBAI SOBRE O USO DE OMALIZUMABE EM PACIENTES COM URTICÁRIA CRÔNICA ESPONTÂNEA E A COVID-19

COMUNICADO da ASBAI SOBRE O USO DE OMALIZUMABE EM PACIENTES COM URTICÁRIA CRÔNICA ESPONTÂNEA E A COVID-19

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), de acordo com as informações que possui até o momento, traz dados referentes ao tratamento da urticária crônica espontânea com omalizumabe em relação ao novo coronavírus SARS-CoV-2, o vírus causador da COVID -19.

Deste modo, considerando que as publicações atuais mostram que:

1) Na fisiopatologia da infecção pelo vírus SARS-COV-2 não foi demonstrada até o momento a participação de anticorpos da classe IgE1.

2) Frequência aumentada de casos de maior gravidade da doença COVID-19 não foi reportada até o momento em pacientes portadores de urticária crônica espontânea em uso de omalizumabe. Sendo a prevalência mundial de urticária crônica espontânea de 0,5 a 1,0% da população e a doença COVID-19 de progressão geométrica, acredita-se que uma maior predisposição às formas graves de COVID-19 já teria sido identificada neste grupo de pacientes, entretanto é importante o monitoramento contínuo dos pacientes2,3.

3) Omalizumabe não tem atividade imunossupressora2.

 

RECOMENDAMOS AOS MÉDICOS ALERGISTAS:  

– Manter o tratamento com omalizumabe na dose recomendada em bula (300 mg a cada 4 semanas), para os pacientes portadores de urticaria crônica espontânea não responsivos às doses otimizadas de anti-histamínicos H1 de segunda geração.

– Orientar seus pacientes com urticaria crônica espontânea em uso de omalizumabe a comunicar-se imediatamente com o seu médico se apresentarem febre.  A princípio não sugerimos a retirada do omalizumabe.

– Caberá ao médico responsável avaliar sobre a retirada do omalizumabe em casos de agravamento do quadro clínico da infecção COVID-19.

Estamos acompanhando de perto as informações sobre a COVID-19 em pacientes com urticária crônica espontânea em uso de omalizumabe. Quaisquer alterações a estas recomendações serão imediatamente divulgadas.

DEPARTAMENTO CIENTÍFICO DE URTICÁRIA DA ASBAI 

RUBRA (Rede Urticária Brasil)

  1. Qin C, Zhou L, Hu Z, et al. Dysregulation of immune response in patients with COVID-19 in Wuhan, China [published online ahead of print, 2020 Mar12]. Clin Infect Dis. 2020; ciaa248. doi: 10.1093/cid/ciaa248.
  2. Zuberbier T, Aberer W, Asero R, Abdul Latiff AH, Baker D, Ballmer-Weber B, et al. The EAACI/GA²LEN/EDF/WAO Guideline for the Definition, Classification, Diagnosis and Management of Urticaria. The 2017 Revision and Update. Allergy. 2018;73:1393‑
  3. who.int/acesso em 19.03.2020

 

Sobre a ASBAI – A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

 

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