Aspirar e arejar são as bases da saúde de seu colchão; veja outras dicas

Suor, descamação da pele e dos cabelos, secreções, cheiros e até a poeira e a poluição impregnam o colchão, mesmo quando protegido pela roupa de cama. Como o produto é durável, seu “prazo de validade” muitas vezes não é respeitado e este é o cenário perfeito para a proliferação de bactérias, fungos e ácaros. Os ácaros, aliás, são o principal problema desta história: se com um ano de uso cerca de 1 bilhão destes bichinhos, de acordo com o INER/SP (Instituto Nacional de Estudos do Repouso), passam a “habitar” o colchão, ao longo de 10 anos, uma média de 3 trilhões desses aracnídeos penetram nas fibras.

“Os colchões são a origem de muitos problemas de saúde, principalmente para alérgicos. É difícil limpá-los, pois eles não são laváveis e o uso de produtos químicos para a higiene não é recomendado por conta do acúmulo e da probabilidade e serem inalados durante o sono”, segundo aponta o Dr. José Carlos Perini, presidente da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Para minimizar a ação dos alérgenos, siga as dicas do UOL e faça a manutenção adequada.


Limpar, arejar e proteger

  • Ventile, aspire e escove o colchão mensalmente ou, no mínimo, uma vez por semana se o usuário for alérgico.
  • Para limpezas profundas utilize aspiradores de alta potência com filtros de água e tecnologia HEPA, que retém partículas 300 vezes menores que a espessura do fio de cabelo.
  • Espalhar bicarbonato de sódio sobre o colchão, deixando-o ´descansar´ por 12 horas antes da aspiração, ajuda a eliminar ácaros. Faça o processo a cada seis meses.
  • Dê preferência aos estrados ripados, com tábuas de 4 cm a 8 cm (no máximo), para melhorar a ventilação do colchão e não use outras estruturas e fechamentos entre o colchão e o estrado, para que o arejamento não seja prejudicado.
  • Vire o colchão conforme a indicação da fabricante. Parece supérfluo, mas o cuidado assegura a salubridade da cama, pois o suor e a umidade do ar serão mais bem distribuídos e a ventilação é feita de forma mais eficaz.
  • Troque a roupa de cama uma vez por semana e, se o usuário for alérgico, deixe o colchão ´peladinho´ durante o dia, para arejar.
  • Utilize protetores, preferencialmente os modelos impermeáveis com toque suave (semelhante ao tecido) e que podem ser lavados a cada sete ou quinze dias.


Ih, manchou!

  • Para remover pequenas quantidades de urina, use uma toalha de algodão ou papel toalha para absorver o líquido. Em seguida, pressione a área com um tecido seco a fim de remover a umidade impregnada e faça uma vaporização com a solução de água (1 copo) e vinagre (2 colheres de sopa). Deixe o colchão arejar, mas não o exponha ao sol.
  • Para a remoção de eventuais manchas, como as de sangue, e odores aplique água oxigenada 10 volumes ou faça uma solução com água e sal para borrifar.


Hora da troca

  • O tempo de uso recomendável é de até 5 anos, mas tudo depende da indicação da fabricante, da qualidade do produto e da manutenção dada ao colchão.
  • Para os alérgicos, a substituição deve ser feita em até 4 anos.


Fontes: José Carlos Perini, médico e presidente da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia; Idelfonso Santos, diretor executivo do Grupo Saga Brasil, especializado em produtos para repouso e sono; INER/SP (Instituto Nacional de Estudos do Repouso; e catálogos de fabricantes de colchões.

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