Alergia alimentar pode resultar em esofagite eosinofílica

Pacientes com doença do refluxo gastroesofágico refratária ao tratamento podem ser portadores de esofagite eosinofílica.

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A esofagite eosinofílica está entre os temas que serão abordados durante o XLIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, que acontece em Curitiba a partir de 28 de setembro. Geralmente ligada à alergia alimentar, trata-se de uma doença do esôfago mediada por mecanismos imunológicos, caracterizada clinicamente por sintomas de disfunção esofageana e por uma inflamação predominantemente eosinofílica.

A doença pode acometer todas as faixas etárias e gêneros. Contudo, a maioria dos casos relatados ocorre em adultos do sexo masculino.. É possível que vários casos, com início na infância e adolescência, sejam diagnosticados somente na vida adulta.

Os especialistas das áreas de alergia, imunologia e gastroenterologia são os indicados para diagnosticar a doença, que apresenta sintomas como vômitos, disfagia (dificuldade de deglutição), dor abdominal e dor torácica.

“Frequentemente, os pacientes são inicialmente diagnosticados como portadores de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Contudo, a suspeita diagnóstica ocorre quando os pacientes não respondem ao tratamento padrão para DRGE (inibidor de bomba de próton)”, conta a Dra. Norma Rubini, vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e palestrante do XLIII Congresso.

Segundo Dra. Norma, o diagnóstico de esofagite eosinofílica é baseado em critérios clínicos e histopatológicos (biópsia de esôfago), uma vez que não existe um exame específico para reconhecer a doença. “São considerados os sintomas clínicos sugestivos, associados à presença na mucosa esofágica de > 15 eosinófilos (através de endoscopia digestiva alta e biópsia de esôfago) e da exclusão de outras doenças que cursam com infiltração eosinofílica no esôfago”.

Alergia Alimentar – Um percentual significativo de pacientes apresenta alergia alimentar. Assim, o tratamento é feito com base na união de dieta restritiva e medicamentos. Os principais alimentos identificados como desencadeantes da alergia alimentar e, consequentemente, da esofagite eosinofílica são: leite de vaca, trigo, ovo, soja e peixes/frutos do mar.

“O tratamento medicamentoso é realizado através de formulações de corticoides inalados aplicados via oral e deglutidos. Em casos graves, em que ocorre grande estreitamento do esôfago e impactação de alimentos, pode ser necessária a realização de dilatação esofageana”, explica a especialista.

Até o presente, não foi descrita a cura da esofagite eosinofílica, mas Dra. Norma conta que, com a combinação de dieta e terapia medicamentosa, é possível controlar os sintomas, resultando em boa qualidade de vida ao paciente. Atualmente, estão em curso várias pesquisas investigando o uso de anticorpos monoclonais e outros fármacos no tratamento da doença.

 

 

XLIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia

Data: de 28 de setembro a 01 de outubro

Local: Expo Curitiba

Endereço: Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300. Campo Comprido –Curitiba

Informações e Inscrições: http://congressoalergia2016.com.br/inscricoes/index.php#menuinscricoes

 

Sobre a ASBAI

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

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