A escola do seu filho está preparada para receber uma criança com alergia alimentar?

A escola do seu filho está preparada para receber uma criança com alergia alimentar?

A escola do seu filho está preparada para receber uma criança com alergia alimentar?

O tempo de remissão da doença está se tornando mais prolongado

Amendoim e castanhas estão ganhando espaço entre os alérgenos mais prevalentes

No Brasil faltam estatísticas, mas os números parecem se assemelhar a dados internacionais quando o assunto é alergia alimentar. Cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade sofrem dessa condição.

A alergia alimentar quando não diagnosticada e tratada adequadamente pode trazer diversos impactos negativos, inclusive o déficit nutricional. Especialistas apontam que o tempo de remissão das alergias alimentares está se tornando mais prolongado.

O bullying é outra dificuldade que as crianças com alergia alimentar enfrentam, principalmente dentro do ambiente escolar.

Conscientizar para educar – para diminuir esses números, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a Danone Nutricia, divisão de nutrição especializada da Danone, e a OAK – empresa da área de educação e cultura, estão à frente de um projeto que visa conscientizar e construir um caminho de capacitação das escolas públicas e privadas sobre a questão da alergia alimentar. Vinte escolas já começaram a receber as principais condutas e o projeto final será comunicado no início de 2020, com implementação prevista para este período, momento em que será confirmada a primeira instituição a receber a consultoria das três empresas envolvidas.

O presidente da ASBAI, Dr. Flavio Sano, diz que a Associação tem a responsabilidade de oferecer a informação médica de credibilidade a todos, incluindo as escolas. “Muitas das reações alérgicas alimentares ocorrem dentro da escola. Por isso, precisamos e queremos levar esse projeto adiante, para que a família se sinta mais segura no momento da criança sair de casa e não ser exposta a possíveis riscos de contaminação pelo alimento ao qual ela tem alergia”, enfatiza, Dr. Sano

A Dra. Renata Cocco, Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da ASBAI, conta que, nos últimos 10 anos, cresceu muito os casos da doença. O leite continua na dianteira como sendo um dos principais alérgenos. “Porém, estamos presenciando um crescimento significativo de reações alérgicas a amendoim e castanhas, o que era raro no Brasil”, chama atenção Dra. Renata.

Para Vivian Novaes, Gerente de Marketing da Danone Nutricia, “esse encontro superou as nossas expectativas em todos os sentidos, primeiramente pela aceitação por parte das escolas sobre o tema alergias alimentares, outro ponto que nos chamou a atenção foi o interesse genuíno em desenvolver ações conjuntas em prol desta causa. Os projetos apresentados durante o workshop nos surpreenderam positivamente, estamos muito confiantes de que temos material suficiente para os próximos estágios do projeto.”

O Diretor Científico da ASBAI, Dr. Dirceu Solé, enfatizou a importância do projeto para que todos que convivam com a criança estejam preparados. “Antes de sermos alergistas, somos pediatras e queremos e podemos aprofundar as questões que envolvem as alergias com a sociedade, incluindo as escolas”, comentou.